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Mídia: ex-chefe do governo paquistanês é condenado a 10 anos de prisão por violar segredos de Estado

O ex-primeiro-ministro paquistanês e presidente do partido de oposição paquistanês Tehreek-e-Insaf (PTI), Imran Khan, e o ex-ministro do MRE, Shah Mahmood Qureshi, foram condenados a dez anos de prisão em um caso de violação da Lei de Segredos Oficiais, informou o canal de TV paquistanês GEO nesta terça-feira (30).
Sputnik
Preso desde agosto de 2023 após ter sido condenado e sentenciado a três anos por acusações de corrupção, Imran Khan, de 71 anos, se declarou inocente das acusações por vazamento de segredos de Estado que desferem um novo golpe em suas chances de disputar as eleições gerais do Paquistão em fevereiro.
De acordo com a Al Jazeera, as acusações estão relacionadas a um telegrama confidencial chamado cifra enviado a Islamabad pelo embaixador do Paquistão em Washington no ano passado, que Khan é acusado de tornar público.
A defesa de Khan contestou a acusação, afirmando que o ex-primeiro-ministro já havia alegado que o conteúdo do telegrama apareceu na mídia por outras fontes. Para Khan, o telegrama é prova de uma conspiração dos militares paquistaneses e do governo dos EUA para derrubar seu governo em 2022, depois de ter visitado Moscou pouco antes do início da operação militar especial russa na Ucrânia. Os militares de Washington e do Paquistão negam as acusações.
O veredito foi anunciado pelo juiz do tribunal especial Abdul Hasnat Zulqarnain durante a audiência na prisão de Adiala, na cidade paquistanesa de Rawalpindi, na presença dos líderes de ambos os partidos.
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Esta é a segunda vez que Khan é indiciado pelas mesmas acusações, depois de um tribunal superior ter anulado uma acusação anterior por motivos técnicos, afirmando que o procedimento correto não foi seguido.
Um novo julgamento, conduzido na prisão por motivos de segurança, deverá começar já na quinta-feira (1º), na presença de seus advogados, familiares e alguns jornalistas selecionados.
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