"Em primeiro lugar, a hostilidade entre Zaluzhny e Zelensky existe há quase um ano. Diante das ações pouco profissionais do presidente ucraniano, o chefe do Exército ucraniano mais de uma vez disse diretamente [a Zelensky], em reuniões, que ele não era competente o suficiente para resolver muitas questões militares", explica o analista.
"Penso que houve uma conversa muito séria entre Zaluzhny e Zelensky", presumiu o coronel aposentado. "Zelensky quer Zaluzhny morrendo ou evaporando, e ele deve ter realizado a demissão. Mas, depois disso, muitas alavancas foram acionadas, que são desconhecidas para nós, e só podemos especular. Suponho que também foram os pares dos Estados Unidos [principais aliados de Zelensky] que começaram a protestar. E, claro, os Estados-membros da União Europeia também se juntaram a esse coro", argumenta.
Ucrânia e a crise de poder: general Zaluzhny defendeu sua posição
Zelensky perdeu o controle sobre o comandante
"Entendo que [Zaluzhny] recebeu carta branca para o futuro. E hoje ele poderia pleitear o poder, dadas as condições no país e dentro da força militar. E se esse poder não lhe for dado — vemos que Zelensky se recusa a realizar eleições —, ele pode tirá-lo à força", finaliza.