Nesta quarta-feira (31), o Ministério de Minas e Energia assinou o Plano de Trabalho Conjunto para a Aceleração da Transição Energética com a Agência Internacional de Energia (AIE).
Além do ministro da pasta, Alexandre Silveira, o evento contou com a participação do diretor-executivo da entidade, Fatih Birol, que representa 30 países do mundo responsáveis por 80% do consumo mundial de energia. Com o acordo, o Brasil passa a colaborar diretamente na transição energética do planeta, em meio à presidência do país no G20.
A iniciativa vai contar com a realização de estudos no país e o compartilhamento de projetos, principalmente na área de biocombustíveis. Durante a assinatura do acordo, Fatih Birol ressaltou que será um dos principais parceiros globais do setor nos próximos dois anos.
Já o ministro Alexandre Silveira lembrou que 88% da matriz energética brasileira é considerada limpa e renovável, além de diversa e proveniente de várias fontes, como hidrelétrica, eólica, bioenergia e solar. Uma das principais propostas do ministro à AIE é justamente o estímulo a maior produção mundial de biocombustíveis, como o etanol e o biodiesel.
"O Brasil efetivamente voltou a dialogar e, mais do que isso, a ter a confiança global. Tive a oportunidade de encontrar com o Fatih na França e mais recentemente em Davos, e ali ficou claro esse diálogo que faz do Brasil um solo fértil para investimentos. O mundo está ansioso para investir no Brasil", ressaltou Silveira.
Segundo o ministro, a transição energética será um dos principais pilares da nova economia global e também terá papel crucial na retomada da industrialização brasileira, focada na sustentabilidade. "Temos uma janela de oportunidades para que essa nova economia busque a inclusão e paz que tanto almejamos", acrescentou.
Protagonismo do Sul Global
Silveira ainda lembrou a importância da inclusão e do protagonismo do Sul Global nas discussões sobre o tema, a exemplo dos membros do BRICS. "Estamos dialogando com o mundo, como Europa, o continente americano, os países árabes, para que possamos realmente buscar que a transição energética seja um vetor da sustentabilidade em todo o mundo", finalizou.