O jornalista norte-americano Tim Golden, duas vezes ganhador do prêmio Pulitzer, publicou uma investigação na terça-feira no veículo ProPublica, alegando que o Cartel de Sinaloa contribuiu com US$ 2 milhões (R$ 4,3 milhões na cotação média de 2006; R$ 9,9 milhões na cotação atual) na primeira das três campanhas presidenciais de López Obrador, eleito em 2018.
O presidente mexicano, durante sua coletiva de imprensa matinal habitual, não culpou o jornalista, os jornalistas ou os meios de comunicação, mas sim o governo dos Estados Unidos por permitir "práticas imorais" e contrárias à ética política.
Ele destacou que as agências do governo americano, especialmente o Departamento de Estado, são o verdadeiro problema, desafiando a Administração de Repressão às Drogas (DEA, na sigla em inglês) a elucidar a veracidade das alegações.
López Obrador enfatizou que a acusação de financiamento ilegal é "completamente falsa" e uma "calúnia", destacando a ausência de qualquer prova substancial. Apesar de suas críticas frequentes à atuação das agências do governo americano, o presidente mantém boas relações com seu colega Joe Biden.