Fora do Congresso, a polícia cercou manifestantes de esquerda que expressaram oposição ao projeto.
A votação representa o primeiro grande teste legislativo para o presidente argentino desde que assumiu o cargo em 10 de dezembro.
O líder conta com a minoria governista no Congresso, tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado. Para entrar em vigor, o texto deve ser aprovado por ambas as câmaras.
Antes de chegar ao plenário, semanas de negociações entre deputados não governistas ocorreram para discutir modificações no texto original. Em esforço para obter aprovação, o governo retirou mais de 100 artigos, incluindo uma seção relacionada a questões fiscais.
A versão inicial da lei Ómnibus possuía 664 artigos, dos quais mais de 100 foram removidos ou alterados. Previam-se discussões sobre pelo menos 170 pontos, mas, ao final, pouco mais da metade dos artigos originais permaneceu no texto.
O governo argumenta que os políticos têm a oportunidade de "começar a reverter o dano causado ao povo argentino".
O principal partido de oposição, União pela Pátria, de orientação peronista, declarou que votará contra o texto.
Os deputados do grupo afirmam que a "motosserra" proposta por Milei, uma metáfora usada durante a campanha eleitoral para sinalizar cortes de gastos, prejudicará o povo.