"Todos os 27 líderes concordaram com um pacote de apoio adicional de € 50 bilhões para a Ucrânia no âmbito do orçamento da UE. Isso garante um financiamento constante, a longo prazo e previsível para a Ucrânia. A UE está assumindo a liderança e a responsabilidade no apoio à Ucrânia; sabemos o que está em jogo", escreveu Michel no X (anteriormente Twitter).
De acordo com o The Guardian, o Conselho Europeu vai realizar todos os anos um debate sobre a implementação do mecanismo para a Ucrânia e vai convidar a Comissão Europeia a apresentar uma proposta para a sua revisão dentro de dois anos, se necessário.
Entretanto, a Reuters informou, citando um diplomata europeu, que os fundos da UE para a Hungria — crítica à ajuda indiscriminada a Kiev desejada por alguns integrantes do bloco — vão permanecer congelados depois de Budapeste também ter concordado com a atribuição de assistência à Ucrânia.
Na terça-feira (30), o Financial Times (FT) divulgou a descoberta de um documento que ameaçava perturbar a economia da Hungria caso Budapeste vetasse a ajuda do bloco à Ucrânia durante a cúpula de hoje.
O primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán chegou a dizer que não duvidava de que a UE fosse capaz de minar a economia do país em detrimento de um acordo em prol da Ucrânia, mas que tal ação deliberada significaria o "Armagedom" para Budapeste.
Em dezembro de 2023, a Hungria vetou a ampliação do orçamento da UE para 2024-2027 para acomodar € 50 bilhões em ajuda macrofinanceira à Ucrânia. Na ocasião, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse aos jornalistas que esperava que os líderes da UE aprovassem por unanimidade a ajuda financeira à Ucrânia no início de 2024, com a próxima cúpula extraordinária da UE marcada para 1º de fevereiro.