As autoridades da RPL descobriram uma série de documentos e evidências que apontam para o tráfico de órgãos de soldados ucranianos na região, que até o final de junho de 2022 era controlada pela Ucrânia. Os crimes ocorreram em maio do mesmo ano, quando Kiev ainda dominava o território.
Ainda em julho do ano passado, o secretário do Conselho de Segurança da Federação da Rússia, Nikolai Patrushev, afirmou que Kiev utilizou soldados feridos como fonte de biomaterial, extraindo órgãos secretamente para transplantes.
"Nos territórios libertados, obtivemos documentos que evidenciam que o transplante de órgãos na Ucrânia era praticado amplamente", declarou uma representante das autoridades de Lugansk à Sputnik.
Além disso, a fonte informou que as autoridades também encontraram formulários para transplante de órgãos e tecidos humanos, assinados por soldados ucranianos em 2022, com a mesma escrita e o mesmo selo nos campos de assinatura.
"Órgãos como o fígado e os rins podiam ser extraídos localmente, na ambulância mesmo, colocados em recipientes e levados para um transplante posterior", explicou. Um médico anônimo, que trabalhava em um hospital da região durante os confrontos da primavera de 2022, disse à Sputnik que os corpos tinham sinais de terem sido abertos.
De acordo com o profissional, nesse período vários grupos de médicos estrangeiros frequentemente chegavam ao hospital em ambulâncias, acompanhados por guardas armados em veículos blindados.
Em junho de 2023, a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, declarou que a Ucrânia aprovou, em 16 de dezembro de 2021, uma lei em que a realização do transplante deixou de exigir o consentimento notarial do doador vivo ou de seus familiares.