O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, se pronunciou nesta quinta-feira (1°) sobre o pacote de apoio adicional de 50 bilhões de euros (cerca de R$ 267,4 bilhões) para a Ucrânia, aprovado pelos membros da UE no âmbito do orçamento do bloco.
De acordo com Orbán, o pacote aprovado garante um gasto racional de fundos, sendo que nenhuma verba da Hungria será destinada à Ucrânia.
"Negociamos um mecanismo de controle para garantir o uso racional dos fundos e obtivemos garantias de que o dinheiro da Hungria não iria para a Ucrânia", disse Orbán em um vídeo publicado em sua conta do Facebook (plataforma proibida na Rússia por extremismo).
A Hungria era contrária à aprovação do pacote, o que levou países da UE a cogitar uma sabotagem à economia húngara como forma de pressionar o país a aprovar a ajuda financeira. Em dezembro, a Hungria vetou a aprovação do pacote e, desde então, vinha manifestando fortes objeções nos dias anteriores à cúpula que reuniu os 27 líderes do bloco em Bruxelas, nesta quinta-feira.
O temor de Budapeste era de que os fundos destinados pelo bloco à Hungria pudessem, de alguma forma, acabar na Ucrânia.
"Também tínhamos medo de disponibilizar fundos à Ucrânia durante demasiado tempo, sem controle", disse Orbán.
Porém, os temores foram dissipados ao longo de reuniões entre Orbán e outras lideranças do bloco, realizadas na noite de quarta-feira (31) e na manhã desta quinta-feira, resultando na aprovação do pacote.
"Após longas negociações, aceitamos a oferta", disse o primeiro-ministro húngaro no vídeo publicado na rede social.