Panorama internacional

Houthis alertam contra a expansão do conflito após ataques americanos à Síria e ao Iraque

O Ansar Allah (houthis) expressou preocupações sobre a escalada do conflito na região após os ataques aéreos dos Estados Unidos contra o Iraque e a Síria.
Sputnik
O membro do gabinete político do grupo iemenita Fadl Abu Talib alertou que tais operações agressivas comprometem a paz e a segurança internacionais, acusando os EUA de favorecerem a continuidade das ações israelenses em Gaza.
"A América está a caminhar no sentido de expandir o círculo de conflito na região e, com suas operações agressivas, ameaça a paz e a segurança internacionais", afirmou Talib em suas redes sociais.
Ele sugeriu que os americanos poderiam ter desempenhado um papel mais construtivo, forçando Israel a cessar suas atividades beligerantes em vez de intensificar as hostilidades na região.
Na sexta-feira (2), o Comando Central dos EUA (CENTCOM) anunciou uma série de ataques aéreos na Síria e no Iraque, visando a Força Quds do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã e suas facções afiliadas.
Os ataques foram uma resposta a um ataque a uma base militar dos EUA na Jordânia, que matou três militares.
O CENTCOM detalhou que mais de 85 alvos foram atingidos por mais de 125 mísseis guiados com precisão, visando centros de comando, inteligência, armazéns e mísseis. Ao menos dez pessoas foram mortas.
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O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que os ataques foram uma medida para responsabilizar o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica e seus militantes afiliados pelos ataques às forças americanas. Ele alegou que os EUA não buscam conflito no Oriente Médio, mas advertiu que responderão a qualquer ação prejudicial a cidadãos americanos.
O secretário de Defesa estadunidense, Lloyd Austin, reforçou a posição do presidente e anunciou que as forças americanas atacaram sete instalações no Iraque e na Síria em resposta ao ataque à base na Jordânia.
Coordenador de Comunicações Estratégicas do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, declarou que os ataques aéreos duraram cerca de meia hora, mas não forneceu informações sobre vítimas ou feridos.
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As tensões no Oriente Médio aumentaram desde o ataque com drones na Jordânia, que resultou na morte de três soldados americanos e feriu outros 40.
Os EUA responsabilizaram grupos aliados do Irã, enquanto Teerã negou envolvimento, alegando que a Resistência Islâmica toma decisões independentes. Biden confirmou ter decidido como responder ao ataque, destacando a intenção de evitar uma guerra mais ampla na região.
O Pentágono, por sua vez, considera várias opções para resposta mais ampla, incluindo ataques às forças navais iranianas no golfo Pérsico ou a forças iranianas no Iraque ou na Síria, conforme a mídia. Biden, se aprovar, poderá autorizar medidas adicionais nos próximos dias.
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