Panorama internacional

Londres sugere envio de força expedicionária da OTAN para a Ucrânia

O Reino Unido propôs à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) discutir o envio de uma força expedicionária para a Ucrânia, além de estabelecer uma zona de exclusão aérea sobre o território controlado pelas autoridades de Kiev, informou uma fonte à Sputnik nesta sexta-feira (2).
Sputnik
"Devido ao desenvolvimento desfavorável para Kiev nas operações militares, o Reino Unido propôs aos aliados da OTAN discutir o envio de um corpo expedicionário para a Ucrânia, bem como estabelecer uma zona de exclusão aérea sobre o território controlado pelas autoridades de Kiev e novamente aumentar os suprimentos de armas e equipamentos para as Forças Armadas da Ucrânia", revelou a fonte.
A revelação acontece em meio aos problemas do regime do presidente Vladimir Zelensky com as Forças Armadas da Ucrânia, que inclusive nesta semana teve rumores de uma suposta demissão do comandante Valery Zaluzhny, o que foi negado na sequência por Kiev.
"Em Londres, eles entendem que a maioria dos países-membros da OTAN provavelmente não apoiará tais medidas", acrescentou.
A fonte observou que "no entanto, o lado britânico espera que, em caso de enfraquecimento significativo das Forças Armadas da Ucrânia e sucesso nas ações das Forças Armadas da Rússia no interior do território ucraniano, os aliados aprovarão a iniciativa".
Operação militar especial russa
Zelensky e Zaluzhny tiveram desacordo sobre posições militares antes de 'rumores' sobre demissão
Ademais, explicou que, "de acordo com os planos britânicos, está previsto transferir discretamente para a Ucrânia grandes forças altamente manobráveis da OTAN das regiões fronteiriças da Romênia e da Polônia para ocupar as linhas defensivas no lado direito do rio Dniepre. Também não está descartado um ataque preventivo das Forças Armadas da Moldávia e Romênia", acrescentou.
"Para 'dispersar' as forças e os meios do Exército russo, está prevista a implantação na Noruega e na Finlândia de contingentes da organização e exércitos de alguns membros do bloco. Ao mesmo tempo, ataques a objetivos estratégicos de infraestrutura nas regiões do norte da Rússia podem ser realizados", revelou a fonte.
"Após isso, as tropas da OTAN criarão uma 'zona tampão' dentro das posições ocupadas, incluindo a fronteira com Belarus e a área ao redor de Kiev. As forças liberadas do Exército ucraniano devem ser direcionadas para a zona de ATO (operação Antiterrorista)", afirmou a fonte.
Panorama internacional
Eurodeputado: Ucrânia virou 'poço financeiro sem fundo'; UE poderia gastar € 50 bilhões muito melhor
"Como concebido pelos britânicos, as capacidades ofensivas da Rússia serão minadas e Moscou será forçada a entrar em negociações". Com isso, Londres quer concluir essa proposta de intervenção direta da OTAN no conflito até maio de 2024.
Comentar