A decisão ainda não foi oficializada por Zelensky, mas o aviso a Washington, que não havia sido dado quando os rumores da demissão primeiro surgiram, deram aos Estados Unidos a chance de influenciar a decisão, mostrando o papel decisivo que a Casa Branca tem enquanto financiador mais poderoso de Kiev.
Zaluzhny era tido também como uma das autoridades ucranianas próximas dos Estados Unidos. Cotados para substituí-lo, o comandante das forças terrestres ucranianas, Aleksandr Syrsky, e o líder da Diretoria Principal de Inteligência, Kirill Budanov, representam facções pró-britânicas do governo.
A saída de Zaluzhny, uma das figuras mais populares da sociedade ucraniana, poderá "afetar o moral das tropas e abalar a confiança dos doadores ocidentais", afirmou o jornal. O general e Zelensky estão batendo cabeças há alguns anos sobre a estratégia militar ucraniana, desde o status quo no front de batalha à permanência em posições insustentáveis e à quantidade de tropas que devem ser mobilizadas.
Ademais, Zelensky nutre suspeitas de que Zaluzhny tenha ambições políticas e possa ser o líder de um golpe de Estado para removê-lo do poder.