Mais de duas dezenas de carros blindados chegaram a Manaus por transporte fluvial e alguns partiram por estrada para Boa Vista, capital do estado de Roraima, onde a guarnição local será aumentada para 600 soldados, informou o Exército em comunicado.
Os reforços de veículos blindados incluem seis Cascavel, carro blindado brasileiro de seis rodas com canhão de 37 mm; oito Guarani, veículo de transporte de pessoal 6×6; e 14 Guaicuru, um carro blindado leve multitarefa com tração nas quatro rodas, disse a força. Os carros blindados mais pesados foram transportados em caminhões-reboque.
De acordo com o comandante da força, general Tomás Paiva, a chegada dos blindados é resultado do planejamento do Exército Brasileiro voltado para reforçar e priorizar a Amazônia.
No entanto, em conversa com repórteres em Manaus, Tomás Paiva, disse que a guarnição de Boa Vista se transformaria em um regimento com a triplicação de equipamentos e homens, e parte ficaria na cidade enquanto outra seria enviada para Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, segundo a Reuters.
"O papel do Exército é garantir a nossa soberania nacional […] Realmente acreditamos que a situação foi resolvida pacificamente por meios diplomáticos", afirmou o comandante citado pela mídia.
Caracas reativou uma antiga reivindicação sobre a região de Essequibo no ano passado. Em meio às tensões, Venezuela e a Guiana concordaram em dezembro em não usar a força nem aumentar a tensão na disputa numa reunião em São Vicente e Granadinas.
Na semana passada, em reunião mediada pelo Brasil, a Venezuela prometeu manter a diplomacia para resolver o conflito.
Brasília já se posicionou anteriormente afirmando que não permitiria que a tropas venezuelanas usassem o território brasileiro em Roraima para invadir Essequibo, uma vez que não há rota terrestre através da selva.