Panorama internacional

Irã e Iraque condenam ataques dos EUA: 'Ameaça que levará região a consequências imprevisíveis'

O Ministério das Relações Exteriores iraniano condenou os ataques aéreos noturnos norte-americanos contra a Síria e o Iraque como uma violação da soberania dos dois estados árabes e da Carta da ONU.
Sputnik
Em uma declaração no sábado (3), o porta-voz do Ministério dos Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, disse que os Estados Unidos violaram descaradamente a Carta das Nações Unidas, o direito internacional e a soberania e integridade territorial do Iraque e da Síria ao atacar os dois países.
As investidas serviriam apenas os "interesses do regime sionista", disse Kanaani, acrescentando que "estes ataques vão enredar ainda mais o governo dos EUA na região e ofuscar os crimes do regime sionista na Faixa de Gaza".

"A República Islâmica do Irã volta a enfatizar a comunidade internacional e a responsabilidade do Conselho de Segurança da ONU em prevenir os ataques ilegais e unilaterais dos EUA na região e prevenir a promoção de crises", disse o porta-voz segundo a agência Tasnim.

Descrevendo os atos de ocupação e ataque militar de Israel contra Gaza sob o apoio incessante dos EUA como a "causa raiz das tensões e crises regionais", Kanaani disse que a restauração da estabilidade e segurança na região requer concentração na origem da crise e uma solução por isso.
O Iraque também se manifestou e disse que os ataques constituem uma violação da soberania iraquiana, minando os esforços do governo iraquiano. Bagdá classificou as investidas militares dos EUA como "inaceitáveis" e "uma ameaça que arrastará o Iraque e a região para consequências imprevisíveis".
O presidente dos EUA, Joe Biden, declarou em um comunicado que ordenou atacar alvos no Iraque e na Síria ligados a grupos militantes apoiados pelo Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC, na sigla em inglês) em retaliação por seu suposto papel no ataque a forças dos EUA na Jordânia.
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