O ato teve baixa adesão, conforme reportou o jornal Folha de S. Paulo. O porta-voz do movimento atribuiu o número à "campanha lançada por alguns órgãos de comunicação social" contra a manifestação.
A marcha, inicialmente planejada para a praça Martim Moniz, região com grande presença de estrangeiros, foi redirecionada para o largo Luís de Camões, no centro da cidade, devido à proibição da Câmara Municipal e ao parecer desfavorável da polícia.
Durante a manifestação, houve manifestações contrárias à comunidade de imigrantes como um todo, com saudações nazistas e cânticos nacionalistas, como "Portugal aos portugueses", "já para fora da Europa" e "viva Salazar".
A poucos quilômetros dali, organizações de apoio a migrantes realizaram uma contra-manifestação com cerca de 3 mil pessoas, segundo os organizadores.
Uma petição on-line contra a realização da manifestação anti-imigração obteve mais de 5 mil assinaturas.
A manifestação foi convocada por Mário Machado, rosto conhecido da extrema direita em Portugal, ex-militar da Força Aérea Portuguesa, com envolvimento em grupos nacionalistas e neonazistas e condenações por diversos crimes.
O país, com uma população envelhecida e baixos índices de natalidade, depende cada vez mais da imigração para manter o equilíbrio demográfico e econômico — tendo mais que dobrado o número de imigrantes residentes nos últimos dez anos.
Os brasileiros são a maior comunidade estrangeira do país. Dados oficiais do governo mostram que os imigrantes, no geral, contribuíram com 1,6 bilhão de euros (cerca de R$ 8,6 bilhões) para a Segurança Social lusa em 2023.