Panorama internacional

Premiê da Austrália propõe desmilitarizar a Palestina para atingir uma paz duradoura

Israel tem um interesse em segurança, e a região seria servida pela existência de uma Palestina desmilitarizada, opinou Anthony Albanese.
Sputnik
A Austrália apoia uma solução de dois Estados para a crise do Oriente Médio, uma paz estável precisa da desmilitarização, disse o primeiro-ministro Anthony Albanese.
"Se você tem segurança diante das tensões regionais, então precisa diminuir a escalada. Parte disso poderia significar, por exemplo, a existência da Palestina como um Estado desmilitarizado. Essa é uma das questões que precisam ser discutidas", disse Albanese à emissora australiana ABC News.
Segundo ele, tanto a Austrália como os EUA e o Reino Unido apoiam a existência de dois Estados, da Palestina e de Israel, e reiterou, ao mesmo tempo, o direito do último de se defender e garantir a proteção de suas fronteiras.
"Israel tem claramente um interesse em segurança", disse Albanese.
O primeiro-ministro também comentou a situação da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA, na sigla em inglês), cujos funcionários foram acusados de envolvimento no ataque do Hamas palestino a Israel em 7 de outubro.
Panorama internacional
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Albanese disse que a Austrália, juntamente com seus homólogos no Canadá, nos EUA e no Reino Unido, estava investigando as ligações entre os funcionários da UNRWA e o Hamas.
"É preciso assegurar que cada dólar investido em ajuda [humanitária] deve ser gasto justamente nisso, ajuda", sublinhou o primeiro-ministro.
A UNRWA recebeu recentemente informações de Israel sobre o suposto envolvimento de alguns de seus funcionários no ataque de 7 de outubro do grupo palestino Hamas contra aquele país, e decidiu rescindir seus contratos. Não foram relatados o número desses funcionários e a extensão de seu envolvimento no ataque.
Philippe Lazzarini, comissário-geral da UNRWA, explicou que os funcionários da agência suspeitos de envolvimento no ataque a Israel seriam julgados se a culpa fosse comprovada. No entanto, a Alemanha, Austrália, o Canadá, a Finlândia, a Itália, o Reino Unido, a Romênia e vários outros países já anunciaram que deixarão de financiar a organização. António Guterres, secretário-geral da ONU, pediu aos países que não permitam a interrupção do trabalho da agência.
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