O Exército do Reino Unido não está preparado para uma possível guerra prolongada e de grande escala devido à falta de pessoal e a problemas de recrutamento e retenção, apontou um relatório de domingo (4) do Comitê de Defesa do governo britânico.
"O governo não conseguirá atingir o nível desejado de alta prontidão de combate sem uma rápida aceleração das reformas para aumentar e manter uma base industrial próspera e melhorar sua 'oferta' para os militares", disse o texto.
"A sobrecarga de trabalho tem um impacto negativo sobre a prontidão de combate de alta intensidade", acrescentou ele.
O Comitê de Defesa também crê que a prontidão para a guerra total e prolongada não recebe a atenção necessária. Ao mesmo tempo, o ritmo acelerado das operações militares atuais e a "pressão implacável" sobre o Exército já criaram uma capacidade reduzida de reter pessoal, exacerbada por um período de baixo recrutamento, "criando assim um ciclo vicioso".
"Como resultado, na opinião do comitê, não é surpreendente que mais pessoas estejam deixando as Forças Armadas do que entrando nelas", concluiu o relatório.
O comitê solicitou assim que o governo fizesse uma "escolha difícil": investir totalmente no Exército ou aceitar que acertar as prioridades de combate significará menos disponibilidade para um maior número de tarefas.