Apesar da continuação das hostilidades na Ucrânia, o secretário-geral da OTAN disse no domingo (4) que não havia "nenhuma ameaça imediata" a qualquer membro do bloco militar, citou a emissora alemã Tagesschau.
"Vivemos em um mundo perigoso", disse Jens Stoltenberg, acrescentando que a Aliança Atlântica se adaptou à "nova realidade" que surgiu em 2014, quando um golpe de Estado na Ucrânia levou à reunificação da Crimeia com a Rússia, após um referendo na península.
Segundo ele, nos últimos anos, a OTAN "se fortaleceu consideravelmente", todos os seus membros investiram de maneira significativa em sua defesa, e indicou que é necessário que o bloco "amplie continuamente" esses esforços.
Stoltenberg também notou que a Alemanha se tornou o Estado-membro da OTAN com os maiores investimentos em defesa, depois dos EUA, e pediu que Berlim continuasse a modernizar suas Forças Armadas.
Nas últimas semanas, intensificou-se no Ocidente o debate sobre a suposta necessidade de os países ocidentais se prepararem para uma guerra contra a Rússia. No final de janeiro, Boris Pistorius, ministro da Defesa da Alemanha, disse que seu país deveria estar preparado para um ataque de Moscou.
"A dissuasão é a única maneira eficaz de nos posicionarmos antecipadamente contra um agressor. Se formos atacados, devemos ser capazes de travar uma guerra. Esse é o ponto crucial. Temos que nos preparar para isso", advertiu na época.