Ainda no aeroporto Ben Gurion, Milei anunciou seu plano para transferir a embaixada do seu país — atualmente baseada em Tel Aviv — para Jerusalém.
"Obviamente, meu plano é transferir a embaixada [da Argentina] para Jerusalém Ocidental", afirmou o líder argentino.
Em resposta, Katz agradeceu a Milei pelo seu apoio a favor de Israel e contra o Hamas e por considerar a troca da localização da embaixada. "Você é uma pessoa de valores que está comprometida apenas com a verdade", afirmou o chanceler citado pelo jornal The Times of Israel.
O presidente argentino chegou acompanhado de sua ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, e seu rabino pessoal, Shimon Axel Wahnish. A intenção é que Wahnish se torne no embaixador no país.
Segundo a mídia, embora Milei não seja judeu, ele expressou interesse no judaísmo e falou sobre a potencial conversão à religião.
A promessa para transferência da embaixada foi feita quando Milei ainda estava concorrendo à presidência. Como justificativa, o então candidato afirmou que "quando o UNO [como se refere a Deus] ordenou a Moisés para quebrar as primeiras tábuas da lei, a primeira palavra que pronunciou foi Jerusalém, onde o rei Davi estabeleceu a capital", relembrou o jornal O Globo.
Na agenda do argentino está prevista ainda uma visita ao Muro das Lamentações e encontro com o presidente Isaac Herzog ainda hoje (6). Amanhã (7), está programado se reunir com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
O presidente da Argentina, Javier Milei, visita o Muro das Lamentações, o último vestígio remanescente do Segundo Templo, considerado o local mais sagrado onde os judeus podem orar, na Cidade Velha de Jerusalém, em 6 de fevereiro de 2024
© AFP 2023 / Ronaldo Schemidt
A Argentina abriga a maior comunidade judaica da América Latina com cerca de 300 mil pessoas.
Em seguida, Milei viaja para a Itália e o Vaticano na quinta-feira (8), onde se encontrará com o papa Francisco e com a primeira-ministra, Giorgia Meloni.