"Não há tempo", admitiu, Milei, em entrevista ao Cenital.
O presidente está em Israel, um dos destinos da viagem oficial feita nesta semana. Segundo Milei, estabilizar o sistema financeiro "pode levar no mínimo um ano". "No entanto, isso não significa que os cidadãos utilizem o dólar como moeda", acrescentou.
Desta vez, Milei disse que há outras alternativas à dolarização da economia. "Por exemplo, um petroleiro provavelmente usará WTI; alguém no gás usará BTU; no campo, Chicago Soybeans", exemplificou, citando transações comerciais.
Para a atual administração, a dolarização é vista como "a etapa final de todo um processo que começa com o saneamento do Banco Central da República Argentina [BCRA] e depois avança para a reforma do sistema financeiro", antes de liquidar a autoridade monetária.
"Se mantivermos o atual ritmo de saneamento do Banco Central, conseguiremos ajustes até o final de junho", estimou o líder da coligação La Libertad Avanza.
Os planos de estabilização do governo centram-se no Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) que visa desregulamentar a economia, e na Lei Ómnibus, debatida atualmente no Congresso, que confere poderes legislativos ao presidente e propõe a privatização de empresas públicas.