Um dia depois, a Procuradoria do Chile divulgou o resultado da autópsia do ex-presidente Sebastián Piñera (2010–2014 e 2018–2022), que concluiu que a causa de sua morte foi asfixia por afogamento.
"Após amplas perícias realizadas por profissionais do Serviço Médico Legal (SML) de Valdivia, foi confirmado que a causa da morte do ex-presidente Sebastián Piñera foi asfixia por afogamento", disse a procuradora responsável pelo caso, Tatiana Esquivel.
Durante a investigação, foram descartadas outras teses que circulavam em torno do caso, como um eventual ataque cardíaco que Piñera teria sofrido enquanto pilotava o helicóptero que caiu. "Ao ter sido confirmada a morte por asfixia, a procuradoria não considerou outras possibilidades como a causa da morte", acrescentou Esquivel.
Causas do acidente serão investigadas
Os próximos passos da procuradoria serão investigar as causas do acidente e as dinâmicas que antecederam a queda da aeronave. "Neste momento, em paralelo, há uma equipe técnica dedicada a realizar todas as perícias relacionadas ao helicóptero em que ocorreu o acidente", acrescentou.
Por fim, Tatiana Esquivel confirmou a identidade dos outros passageiros que acompanhavam o ex-mandatário: Magdalena Piñera, sua irmã; Miguel Ignacio Guerrero, empresário e amigo; e Bautista Guerrero, filho de Miguel Ignacio. Todos sobreviveram à queda.
O ex-presidente sofreu um acidente enquanto pilotava um helicóptero sobre o Lago Ranco. Os três ocupantes do helicóptero conseguiram soltar o cinto de segurança e nadar até a margem, mas Piñera não teria conseguido retirar o equipamento e afundou. A suspeita é que, apesar de ser experiente piloto de helicópteros, o ex-presidente tenha perdido a estabilidade devido à forte chuva que caiu na região naquele dia.
O presidente Gabriel Boric decretou três dias de luto nacional pela tragédia e instruiu a realização de um funeral de Estado, que será realizado na próxima sexta-feira (9) na Catedral de Santiago. Sebastián Piñera foi antecessor de Boric e governou o país durante os protestos de 2019, quando mais de 1 milhão de pessoas foram às ruas.