Panorama internacional

Hamas diz que reconstrução de Gaza é de responsabilidade de Israel e países aliados

Diante da destruição de bairros inteiros, hospitais, escolas e mais de 85% da população desabrigada, a responsabilidade pela reconstrução da Faixa de Gaza é de Israel e países aliados. É o que disse à Sputnik o representante do movimento palestino Hamas no Irã, Khaled al-Kaddumi, nesta quarta-feira (7).
Sputnik
Anteriormente, o movimento palestino propôs um plano de cessar-fogo para Israel em três etapas, com a retirada completa das tropas israelenses, a reconstrução da infraestrutura da região, além da troca dos reféns e corpos dos mortos.
Porém, em meio às quase 28 mil mortes no território, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, alegou que o país nunca concordaria com o plano para acabar com a guerra em Gaza feito pelo Hamas. Para o movimento, a atitude só mostra que o objetivo da intervenção militar é praticar genocídio contra a população do enclave, onde vivem quase 2,3 milhões de palestinos.

"A responsabilidade pela reconstrução [de Gaza] recai sobre os ocupantes [Israel]. O mundo deve responsabilizar a entidade sionista pelas consequências dos crimes que cometeu, destruindo a infraestrutura civil de nosso povo palestino, e atribuir a ele e àqueles que o apoiam a responsabilidade pela reconstrução", disse al-Kaddumi.

No final de janeiro, representantes de Israel, Estados Unidos, Egito e Catar concordaram em Paris com as bases de um novo acordo para a libertação gradual de reféns em Gaza.
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Guerra chega ao 5º mês

Além de rejeitar interromper a guerra que chega ao quinto mês, Benjamin Netanyahu declarou que vai aumentar as operações na região, que convive com bombardeios diários, principalmente em Rafah, no sul de Gaza, onde está a maior parte da população refugiada.
O primeiro-ministro ainda classificou a proposta de cessar-fogo do Hamas como "bizarra" ao não liberar imediatamente os reféns. Dos cerca de 140, pelo menos 30 estão mortos em Gaza. Além disso, Netanyahu garantiu que uma vitória de Israel está próxima, cujo governo enfrenta cada vez mais resistência interna.
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