Valdemar era um dos alvos de busca e apreensão da Operação Tempus Veritatis, que mira organização criminosa responsável por tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) na presidência após a derrota nas eleições de 2022.
De acordo com informações iniciais apuradas pelo G1, a arma encontrada no endereço do presidente do PL estava com a documentação vencida e registrada no nome do filho do político.
Por volta das 11h10, o político estava na sede da Polícia Federal para as formalidades do flagrante. Valdemar declarou que a arma em situação irregular é de seu pai e alegou "lembrança afetiva", segundo a Band News.
Ainda não se sabe se Valdemar seguirá preso, ou se será liberado após prestar esclarecimentos.
A investigação aponta que o PL foi usado "para financiar a estrutura de apoio as narrativas que alegavam supostas fraudes às urnas eletrônicas, de modo a legitimar as manifestações que ocorriam em frentes as instalações militares".
Ao todo, a PF cumpre 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva. Há ainda medidas cautelares, como proibição de contatos entre os investigados, retenção de passaportes e destituição de cargos públicos.
Além de Valdemar, o órgão cumpriu três mandados de prisão. Os alvos são: Felipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência; Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens; e Rafael Martins de Oliveira, major do Exército.
O ex-presidente, Jair Bolsonaro, foi ordenado a entregar o passaporte em até 24 horas. Seu advogado e ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social de seu governo, Fabio Wajngarten, declarou que o ex-mandatário entregará o passaporte às autoridades competentes.
Mais tarde, o G1 divulgou que Bolsonaro entregou o passaporte. O documento estava no escritório dele na sede do PL, em Brasília, onde os agentes cumpriam um mandado de busca e apreensão.
A informação foi confirmada por Paulo Bueno, advogado do ex-presidente. A certidão de entrega do passaporte já foi emitida.