Panorama internacional

Empresa de tecnologia da China ameaça processar governo dos EUA após Pentágono a chamar de 'militar'

Apesar de, segundo a Hesai Technology, ela ter sido previamente considerada pelo Departamento do Comércio dos EUA como não tendo tecnologia militar, o Pentágono deu agora uma avaliação diferente.
Sputnik
Uma empresa chinesa de tecnologia que fabrica peças para veículos autônomos ameaçou processar o governo dos EUA após ter sido considerada pelo Pentágono como tendo ligações com as Forças Armadas da China, escreve na sexta-feira (9) a agência norte-americana Associated Press.
O principal produto da Hesai Technology é o equipamento de detecção de estradas LiDAR, usado em veículos de passeio e comerciais, veículos autônomos, robôs de entrega e outras aplicações. Ela estava entre as 17 empresas que o Departamento de Defesa dos EUA adicionou recentemente à sua lista de empresas que considera "empresas militares chinesas".
Yifan Li, CEO da Hesai, disse em um comunicado que a inclusão da firma na lista ocorreu sem nenhuma explicação, e que ela planeja entrar com uma ação judicial, descrevendo a medida como "injusta, caprichosa e sem mérito".
"A Hesai não é uma empresa militar. Os produtos da Hesai são apenas para uso civil e nunca foram projetados ou validados para uso militar", justificou ele.
A declaração acusou os críticos da Hesai de conduzir uma campanha de difamação contra ela para obter vantagens comerciais injustas.
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A Hesai está listada na bolsa de valores norte-americana Nasdaq, e suas ações caíram em resposta à decisão de Washington.
Em uma declaração da semana passada, a empresa disse que seus LiDAR não foram projetados para atender a especificações militares. O Departamento de Comércio dos EUA designou a tecnologia como não sendo adequada para qualquer aplicação militar, disse.
A nova lista do Pentágono também inclui a Megvii, uma empresa de inteligência artificial sediada em Pequim, e a IDG Capital, uma importante empresa de investimento de capital privado com participações em muitas empresas chinesas de tecnologia e grandes empresas chinesas de energia, telecomunicações e aviação. Seus investidores incluem fundos de pensão e fundações dos EUA.
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