"As forças chegaram a um túnel perto de uma escola da UNRWA. O poço levava a um túnel terrorista subterrâneo que servia como ativo significativo da inteligência militar do Hamas e passou por baixo do edifício que serve como quartel-general da UNRWA na Faixa de Gaza. As forças localizaram infraestrutura elétrica dentro do túnel conectado ao quartel-general da UNRWA, sob o qual o túnel subterrâneo estava localizado, indicando que as instalações da UNRWA forneceram eletricidade ao túnel", disse a IDF em comunicado no Telegram.
Ainda de acordo com o comunicado, o Exército de Israel lançou ataque direcionado à sede da UNRWA, e grande número de armas, incluindo espingardas, munições e granadas, foram encontradas no edifício, o que "confirmou que os escritórios tinham de fato também sido usado por terroristas do Hamas."
O chefe da Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras para os Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), Philippe Lazzarini, comentou que a organização não poderia confirmar se a infraestrutura do Hamas estava abaixo da sede principal da UNRWA:
"A UNRWA tomou conhecimento de relatos através da mídia sobre um túnel sob a sede da UNRWA em Gaza. O pessoal da UNRWA deixou sua sede na Cidade de Gaza em 12 de outubro, seguindo as ordens de evacuação israelenses e à medida que o bombardeio se intensificava na área. Não usamos esse complexo. Desde que saímos, não temos conhecimento de qualquer atividade que possa ter ocorrido. Portanto, não podemos confirmar ou comentar esses relatórios", disse Lazzarini na plataforma X.
No mês passado, a agência iniciou investigação sobre as alegações de Israel de que vários funcionários da agência estiveram envolvidos nos ataques do Hamas em 7 de outubro.
Os Estados Unidos, a Finlândia, a Itália, a Austrália, o Canadá, o Japão, o Reino Unido e alguns outros países suspenderam desde então o financiamento da UNRWA.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, descreveu a UNRWA como "a espinha dorsal de toda a resposta humanitária em Gaza" e fez um apelo a todos os países para que "garantam a continuidade do trabalho da UNRWA, que salva vidas".
Em um movimento contrário ao dos países que deixaram de contribuir com o órgão, o Brasil examina a possibilidade de aumentar as contribuições para a agência das Nações Unidas.
Conflito já matou mais de 30 mil pessoas
Desde o início do conflito, em 7 de outubro de 2023, o número de residentes da Faixa de Gaza mortos por ataques israelenses ultrapassou os 28 mil e o de feridos passou de 64,1 mil, informou mais cedo o porta-voz do Ministério da Saúde palestino, Ashraf al-Qudra.
Do lado israelense, os números são de que os ataques do Hamas causaram a morte de cerca de 1,1 mil pessoas e deixaram quase 5,5 mil feridos. O grupo também tomou 250 israelenses como reféns.