Ao desembarcar no Brasil, a família foi recebida por equipes da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e encaminhadas para um abrigo na cidade de São Paulo — onde receberam atendimento médico e psicossocial.
Os quatro estão em abrigo conveniado com a Prefeitura de São Paulo e serão deslocados para um abrigo em Minas Gerais. O Escritório de Representação do Brasil em Ramala, na Palestina, explicou que a mulher estava grávida e somente depois que a criança nasceu, em 24 de dezembro, foi dada à família autorização para deixar o território palestino.
A família foi recebida pela equipe da embaixada brasileira na capital egípcia, logo após cruzar a fronteira de Rafah, no sul de Gaza, com o país africano. Da localidade, a família seguiu uma viagem de cerca de seis horas e permaneceu em hotel custeado com recursos do governo brasileiro.
Durante o período que aguardaram a repatriação, a família esteve alojada em casa alugada pela representação brasileira em Ramala. A única fronteira para a saída de civis da zona de guerra em Gaza é no sul do enclave, em Rafah, na divisa com o Egito, também o ponto de maior segurança.
Operação Voltando em Paz
Essa é a quarta operação de repatriação específica com brasileiros que estavam no lado palestino do conflito.
A ação faz parte da operação denominada Voltando em Paz, iniciativa para retirar nacionais das regiões afetadas: Gaza, Cisjordânia e Israel. Mais de 1,5 mil pessoas foram resgatadas e acolhidas pelo governo brasileiro, desde outubro de 2023. Também foram transportados 53 animais domésticos.
Para deixar o território palestino, é preciso ter o nome em uma lista aprovada por autoridades de Israel, do Egito e da Palestina.