Ron DeSantis, governador da Flórida, questionou no sábado (10) como o presidente norte-americano Joe Biden pode gerir com responsabilidade os assuntos nucleares dos EUA, após a divulgação de um relatório que gerou dúvidas sobre a capacidade mental de Biden e o isenta de acusações de manuseio indevido de documentos confidenciais.
No relatório, que encerrou uma investigação de um ano, o promotor especial Robert Hur, do Departamento de Justiça, concluiu que Biden reteve intencionalmente e divulgou materiais confidenciais após sua vice-presidência, quando era um cidadão privado. No entanto, Biden foi ilibado das acusações, entre outros motivos, por causa de "limitações significativas" em sua memória.
"Ele não se lembrava, mesmo depois de vários anos, quando seu filho Beau morreu", detalhou Hur no relatório.
"Acho que isso é algo como: 'Tudo bem, você não pode ser julgado, mas mesmo assim você pode ter os códigos nucleares'?", disse DeSantis em uma entrevista ao canal norte-americano Fox News.
O governador da Flórida sugeriu invocar a 25ª Emenda da Constituição dos EUA. Ela foi ratificada após o assassinato do presidente John Kennedy (1961-1963), em 22 de novembro de 1963, estabeleceu a sucessão presidencial e criou uma estrutura para remover um presidente incapacitado do cargo.
Biden rejeita acusações
O presidente respondeu com raiva às declarações de Hur.
"Minha memória está boa", insistiu Biden em uma coletiva de imprensa organizada às pressas na quinta-feira (8).
Apesar disso, mais tarde, na mesma coletiva, ele se referiu erroneamente Abdel Fattah al-Sisi, presidente do Egito, a quem chamou de "presidente do México".
Biden é o presidente mais velho da história dos EUA. Ele tem sido visto frequentemente em situações embaraçosas, tanto quedas físicas como lapsos mentais, levantando dúvidas sobre sua capacidade de desempenhar suas funções.