A Ucrânia enfrenta agora a situação mais difícil na frente de combate, escreveu o jornal alemão Bild.
"Esta é provavelmente a pior crise para a Ucrânia desde o início do conflito em 2022", afirmou o jornalista Paul Ronzheimer na última sexta-feira (9).
Um soldado das Forças Armadas ucranianas entrevistado pelo jornalista disse que o Exército sofre de uma grave escassez de armas e soldados.
"Precisamos urgentemente de mobilização, as pessoas obviamente não entendem o quão crítica é a situação", se queixou o soldado.
A incerteza e a frustração estão gradualmente consumindo o país, e uma coisa é certa: a Rússia está em vantagem, concluiu Ronzheimer.
Yury Butusov, ex-conselheiro do ministro da Defesa da Ucrânia, disse na semana passada que a ofensiva russa criou uma situação crítica ao longo de toda a linha de frente.
Butusov alertou que a Rússia tem uma "enorme vantagem" em termos de equipamento e pessoal ao longo de toda a linha de contato e partiu para a ofensiva "praticamente em todas as áreas".
Segundo Butusov, Kiev não só deixou o Exército sem reforços devido ao atraso na mobilização, mas também não conseguiu gerir adequadamente a produção de armas no país.