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Países do BRICS detêm US$ 45 trilhões em riqueza para investir, aponta relatório

De acordo com relatório recém-divulgado da Henley & Partners, o número de milionários no bloco deve registrar um grande aumento já na próxima década, o que se traduz em potencial de investimento.
Sputnik
A riqueza total para investimento atualmente detida pelos Estados-membros do BRICS ascende a US$ 45 trilhões (cerca de R$ 222,9 trilhões), de acordo com o primeiro Relatório de Riqueza do BRICS da Henley & Partners.
O grupo BRICS de economias emergentes, que anteriormente incluía Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, passou por uma grande expansão após a adesão da Arábia Saudita, Irã, Etiópia, Egito e Emirados Árabes Unidos em janeiro deste ano.
De acordo com o relatório, os dez países têm atualmente 1,6 milhão de indivíduos com ativos para investimento superiores a US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 4,9 milhões), incluindo mais de 4.700 com mais de US$ 100 milhões (cerca de R$ 495,3 milhões) e mais de 500 bilionários. Ainda segundo as estimativas, o número de milionários deverá crescer 85% nos próximos dez anos.
O bloco representa agora 45% da população mundial e 36% do produto interno bruto (PIB) global, o que ultrapassa a cota de 30% do G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).
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"A inclusão dos países do Oriente Médio e Norte de África [MENA] não é apenas um realinhamento político, mas um reconhecimento da sua crescente estatura econômica", disse o CEO da Henley & Partners, Juerg Steffen, acrescentando que "a região, historicamente crucial devido aos seus recursos energéticos, está agora afirmando um papel econômico mais diversificado".

Steffen acrescentou que a presença crescente dos países do MENA no BRICS abre um leque de possibilidades para investidores globais fora da região, "oferecendo acesso a mercados consumidores em rápido crescimento, posicionamento geográfico estratégico e ambientes culturais e de negócios únicos".
O relatório mostra que a China tem atualmente o maior número de milionários do bloco com 862.400, enquanto a Índia tem 326.400. Desta forma, o relatório aponta que é possível que os dois países registrem o maior crescimento de milionários nos próximos dez anos, de 85% e 110%, respectivamente.
A Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e a Etiópia também registraram um crescimento significativo da riqueza privada ao longo da última década, com as suas populações milionárias aumentando 35%, 77% e 30%, respectivamente.
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