A China disse nesta terça-feira (13) que se opõe firmemente às "sanções ilegais" propostas pela União Europeia para impor restrições comerciais a três empresas chinesas como parte dos esforços para dificultar a economia da Rússia.
"Estamos cientes dos relatórios relevantes. A China opõe-se firmemente a sanções ilegais ou à 'jurisdição de braço longo' contra a China com base na cooperação entre Pequim e Moscou", afirmou o Ministério das Relações Exteriores chinês em um comunicado citado pela Bloomberg.
O bloco europeu está considerando novas restrições para cerca de 20 empresas, incluindo três companhias da China continental, uma de Hong Kong e uma da Índia.
A nova proposta proibiria empresas europeias de negociarem com as entidades listadas como parte dos esforços do bloco europeu para reprimir a capacidade da Rússia. Companhias de Hong Kong, Sérvia e Turquia também estão na lista.
Se os Estados-membros aprovarem o plano, será a primeira vez que a UE vai aplicar restrições às empresas na China continental e na Índia desde que a Rússia começou sua operação militar na Ucrânia.
"As empresas chinesas e russas realizam intercâmbios e cooperação normais e não visam terceiros, nem devem sofrer interferência ou influência de terceiros", afirmou a chancelaria chinesa, acrescentando que Pequim "tomará as medidas necessárias para assegurar resolutamente os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas".
As quatro empresas nomeadas foram Guangzhou Ausay Technology, Shenzhen Biguang Trading e Yilufa Electronics, com sede na China continental e em Hong Kong a RG Solutions.
Em diálogos com o presidente chinês Xi Jinping em dezembro, a liderança da UE citou empresas chinesas específicas que o bloco alegou estarem a contornar as sanções.
Nessas discussões, Xi disse que Pequim retaliaria se a UE sancionasse as companhias, relembrou o jornal asiático South China Morning Post, nesta terça-feira (13).