Confira abaixo como foi o grande evento. As seis melhores de todo o desfile retornam à Sapucaí no sábado (17) para se apresentar novamente no Desfile das Campeãs.
Mocidade
A primeira a entrar na Sapucaí nesta segunda-feira foi a Mocidade Independente de Padre Miguel com um desfile que apostava no samba enredo "Pede Caju Que Dou... Pé de Caju Que Dá!"
O caju, pseudofruto brasileiro muito presente no dia a dia da população e em movimentos artísticos, desde a arte de povos originários ao pintores da Missão Artística francesa, da modernidade e os Tropicalistas.
Portela
A segunda escola da noite foi a Portela com um enredo baseado no livro "Um defeito de cor" da escritora Ana Maria Gonçalves. O romance trata da história de Kehinde, mulher escravizada na África que viveu no Brasil, em busca de seu filho perdido, Luiz Gama.
Gama é um grande abolicionista, jornalista e advogado brasileiro da época do Império, sendo conhecido como um dos primeiros intelectuais negros do país.
Vila Isabel
Na sequência, a Vila Isael entrou na avenida com o tema "Gbala: Viagem ao Templo da Criação", que usa como base a cosmogonia das religiões de matriz africana. Nelas, o ser humano foi criado para ser um cuidador do planeta, mas como ressalta a escola, estamos falhando na missão.
Mangueira
A Mangueira celebrou a história de vida da cantora Alcione. O desfile contou desde sua infância no estado do Maranhão à seu rumo ao estrelato no Rio de Janeiro. Em 2024, a Bombom completa 50 anos de carreira sendo in ícone feminino e negro, inspirando talentos da música nacional.
Viradouro
A última escola a entrar na avenida foi a Viradouro, encerrando o segundo dia de desfiles com o enredo "Arroboboi Dangbé!" que conta a história de uma serpente vodum, divindade africana surgida após uma batalha entre poderosos reinos na região da Costa da Mina, hoje Benin.
A ideia da Viradouro é desmistificar o vodum, apresentando o culto como uma preparação de batalhas pelos exército de mulheres. A religião de matriz africana está presente no Brasil a partir da sacerdotisa Ludovina Pessoa, mãe de terreiros na Bahia.