De acordo com o político palestino Mohammed Dahlan, atual assessor do presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohammed bin Zayed al-Nahyan, existe um plano discutido entre os países árabes.
Tal planejamento sugere que Israel e o Hamas transfiram o poder para um novo líder palestino independente, que supervisionaria a reconstrução de Gaza com o apoio de uma força árabe de manutenção da paz.
A nova administração palestina poderia solicitar que países árabes enviassem suas forças militares para Gaza, a fim de garantir a estabilidade no território.
Tanto a Arábia Saudita quanto os Emirados Árabes Unidos estariam dispostos a financiar e apoiar essa iniciativa, desde que Israel consinta a criação de um Estado palestino independente.
Segundo Dahlan, os "principais países árabes" estão profundamente interessados em resolver o conflito israelo-palestino, que persiste há décadas, e não apenas em deter sua atual escalada.
Os Emirados Árabes Unidos declararam que sua contribuição para a reconstrução em Gaza estaria condicionada ao comprometimento de todas as partes envolvidas em alcançar uma solução de dois Estados.
O The New York Times também informou que representantes de seis Estados árabes se reuniram na Arábia Saudita, na semana passada, para discutir o futuro de Gaza e a importância de alcançar um cessar-fogo.
É importante notar que, no ano passado, o jornalista investigativo Seymour Hersh relatou que Israel considerava a possibilidade de controlar Gaza da mesma forma que controla as áreas da Cisjordânia.
Isso incluiria supervisionar a passagem de pessoas e a fronteira com o Egito. Além disso, Dahlan foi considerado por Israel um potencial líder para a Autoridade Nacional Palestina, de acordo com Hersh.
A disposição dos Estados árabes em participar da reconstrução de Gaza é vista como um sinal de esperança para uma resolução pacífica e duradoura do conflito entre Israel e Palestina, que teve a recente escalada em 7 de outubro de 2023, com a morte de 1,1 mil israelenses por ataque do Hamas e a resposta militar que já ceifou a vida de 26 mil palestinos.