O Hezbollah disse nesta quinta-feira (15) que Israel pagará "o preço" pela morte de pelo menos dez pessoas, incluindo cinco crianças, na região. Vários combatentes do grupo também foram mortos em ataques separados na quarta-feira (14), incluindo em Nabatieh.
"O inimigo pagará o preço por esses crimes. A resistência continuará a praticar o seu direito legítimo de defender o seu povo", afirmou Hassan Fadlallah, político do Hezbollah, à agência Reuters.
Um alto funcionário do grupo libanês, Nabil Kaouk, disse em evento no sul do Líbano que o Hezbollah estava "preparado para a possibilidade de expandir a guerra" e enfrentaria "escalada com escalada, deslocamento com deslocamento e destruição com destruição", relata a mídia.
Tel Aviv afirmou que a ação era uma resposta ao lançamento de foguetes transfronteiriços do Líbano, que matou um de seus soldados e hospitalizou outros oito na cidade de Safed, a cerca de 15 quilômetros da fronteira libanesa.
O membro do gabinete de guerra israelense, Benny Gantz, culpou não só o Hezbollah pelo ataque, como também o governo do Líbano.
"É importante que sejamos claros: o responsável pelo incêndio do Líbano não é apenas o Hezbollah ou os elementos terroristas que o executam, mas também o governo do Líbano e o Estado libanês que permitem o tiroteio a partir do seu território. Não há nenhum alvo ou infraestrutura militar na área do norte e do Líbano que não esteja na nossa mira", afirmou Gantz.
O grupo declarou anteriormente que sua campanha só terminará quando Israel interromper a ofensiva na Faixa de Gaza, conforme noticiado.
O bombardeio transfronteiriço já matou mais de 200 pessoas no Líbano, incluindo mais de 170 combatentes do Hezbollah, bem como cerca de uma dúzia de soldados israelenses e cinco civis israelenses.