Panorama internacional

Confiscar ativos russos é um ato de guerra econômica, alerta senador dos EUA

O possível confisco de bens russos congelados para transferi-los para Kiev foi definido pelo senador Rand Paul como um ato de guerra econômica, ao mesmo tempo em que lembrou que "a história está repleta de exemplos de guerras econômicas, as quais se transformaram em hostilidades violentas".
Sputnik
Em um artigo no qual analisa um projeto de lei apresentado na Câmara dos Representantes para autorizar a transferência de ativos russos apreendidos para Kiev, o senador diz que tal ação frustraria a esperança de uma solução diplomática para o conflito e deixaria uma "Ucrânia destruída".

"Confiscar os ativos soberanos da Rússia é um ato de guerra econômica […]. O confisco apenas convencerá Moscou de que não existe qualquer acordo negociado com a Ucrânia. O resultado será uma Ucrânia destruída. Mais soldados e civis ucranianos morrerão e mais cidades e vilas serão transformadas em escombros", afirmou Paul em artigo publicado na Responsible Statecraft.

Para Paul, um senador republicano do Kentucky, a aprovação de tal iniciativa apenas reforçaria a opinião na Rússia de que o conflito não é apenas com a Ucrânia, mas realmente com os Estados Unidos e o Ocidente.
"Qualquer esperança de que os Estados Unidos e a Rússia possam trabalhar para estabilizar ou melhorar as relações vai posteriormente desaparecer", advertiu Paul.
O senador também alertou que se o Congresso aprovar essa lei, os Estados Unidos não poderão usar os ativos congelados da Rússia como moeda de troca durante as negociações e o presidente estará sob pressão política para evitar parecer fraco.
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"A apreensão e transferência desses bens para a Ucrânia pode fazer com que Washington se sinta virtuoso, mas não trará a paz", afirmou.
O senador acrescentou que o confisco dos bens russos também demonstrará a outras nações, incluindo a China, que não se pode confiar em Washington como garantidor da economia global.
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