Panorama internacional

'Horrível e decepcionante': porta-voz de Milei comenta inflação de 20,6% em janeiro na Argentina

O começo de 2024 não tem sido de boas notícias para a economia da Argentina. Com uma inflação de 20,6% só em janeiro, o país teve o maior índice do mundo, à frente de países como Venezuela, Líbano e Turquia. O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, classificou o número como "absolutamente horrível e decepcionante".
Sputnik
Apesar disso, o porta-voz argentino afirmou que o governo de Javier Milei não é responsável pelo número, já que sequer completou 70 dias de mandato. Para Adorni, a situação foi "herdada" do governo anterior, embora tenha afirmado que representa para o atual Executivo "o resultado de uma desaceleração dos índices inflacionários".
"As responsabilidades do desastre da Argentina não são deste governo, menos ainda 70 dias após ter assumido", acrescentou Adorni, que disse que "poderia justificar teórica e praticamente" aqueles que questionam Milei pela inflação argentina, indicador que considera "o pior imposto" e "o mais regressivo".
O indicador foi divulgado na última quarta-feira (14) pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec, na sigla em espanhol) da Argentina. "Está claro que uma inflação de 20,6% é um número absolutamente absurdo para o que é a inflação no mundo", acrescentou Adorni.
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Governo Milei esperava números piores

Apesar do país ter registrado a maior inflação do mundo, o porta-voz do governo Milei declarou que a Casa Rosada esperava números piores em dezembro e janeiro.

"Para nós, é o resultado de termos evitado uma catástrofe, em virtude da tremenda herança que recebemos e onde ainda estão impactando o grande descontrole da economia feito pelo governo anterior", disse.

Adorni ainda acrescentou que a administração de Alberto Fernández deixou o país "à beira da catástrofe absoluta em matéria econômica e inflacionária".
Quando perguntado sobre o impacto da inflação às pessoas mais vulneráveis e o que Milei planejava fazer para ajudá-las, o porta-voz indicou que, embora uma pessoa com menos recursos "sofra mais" do que uma rica, o indicador pode causar a um empresário "um monte de problemas que as pessoas não empresárias não têm".
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