A China está recrutando com sucesso soldados e funcionários dos EUA e da OTAN, e isso levou a uma reunião dos países em questão, escreveu na quarta-feira (14) o portal The Defense Post.
Durante a conferência na Base Aérea de Ramstein, na Alemanha, que aconteceu em 30 e 31 de janeiro, e que contou com a participação de autoridades de defesa dos EUA, de 22 outros Estados-membros da OTAN e dos países dos Cinco Olhos (Austrália, Canadá, EUA, Nova Zelândia e Reino Unido), foi sinalizado o "nível elevado de importância que essa questão assumiu no cenário internacional".
A reunião sublinhou que o recrutamento de soldados e oficiais estrangeiros pela China, tanto atuais como antigos, que poderiam fornecer informações sobre táticas, técnicas e procedimentos aéreos dos EUA e da OTAN, representa um sério risco para informações confidenciais de defesa nacional dos Estados-membros do bloco militar.
Assim, durante a reunião foram discutidas as melhores práticas para combater o problema, embora nenhum detalhe específico tenha sido divulgado ao público.
Segundo declarações publicadas na terça-feira (13) no portal Breaking Defense pelo general James Hecker, comandante da Força Aérea dos EUA na Europa, foi possível trazer de volta alguns pilotos recrutados pelo Exército de Libertação Popular (ELP) da China depois de o problema ser descoberto "bem cedo".
Para isso, referiu, alguns países tiveram de fazer mudanças em suas leis. Além disso, ele garantiu que os EUA e a OTAN estão agora conduzindo uma campanha de conscientização pública contra o fenômeno.
"Então continuamos tocando o tambor para garantir que todos os militares aposentados, especialmente os pilotos, estejam cientes de que esse esforço está em andamento, e que é inaceitável", disse ele.
Um alto funcionário militar dos EUA na Europa admitiu recentemente que o ELP conseguiu progressos na caça a pilotos, mantenedores, pessoal de operações aéreas e especialistas técnicos treinados pela OTAN.