"Nesta sexta-feira ocorreu o encontro com o presidente do Equador, Daniel Noboa. Falamos detalhadamente sobre o estado atual das relações bilaterais, enfatizando as complicações que surgiram recentemente entre nossos dois países", relatou o diplomata.
"O lado equatoriano confirmou que o país, dado o seu estatuto neutro e membro permanente da ONU [Organização das Nações Unidas], não pode permitir ser arrastado para um conflito por qualquer uma das partes envolvidas", acrescentou.
Sprinchan respondeu "sim" quando questionado se isso significa que o país sul-americano não fornecerá armas russas aos Estados Unidos. Ele detalhou que o anúncio oficial será feito no início da próxima semana.
Noboa disse em janeiro que o Equador iria transferir equipamentos russos antigos para os Estados Unidos, apesar da posição contrária de Moscou. Em troca, segundo Noboa, o Equador receberia novos equipamentos no valor de US$ 200 milhões (R$ 993,4 milhões). Os equipamentos em questão não foram especificados.
O Equador é conhecido por usar helicópteros soviéticos Mi-171E e sistemas de mísseis antiaéreos portáteis Igla. Mais tarde, o Serviço Federal para a Cooperação Técnico-Militar da Rússia disse que tal transferência de equipamento militar russo para terceiros é "inaceitável" sob um acordo entre Moscou e Quito.