Enquanto a escassez de artilharia na Ucrânia ameaça forçar um novo racionamento de munições, o chanceler alemão Olaf Scholz e o presidente ucraniano Vladimir Zelensky assinaram um acordo bilateral de cooperação em segurança nesta sexta-feira (16), escreve a Bloomberg.
"O presidente Zelensky e eu assinamos hoje um acordo relativo aos nossos compromissos de segurança a longo prazo. Um passo histórico. A Alemanha continuará a apoiar a Ucrânia [...]", disse Scholz após a assinatura.
Kiev acordou um pacto semelhante com o Reino Unido no mês passado e assinará outro com o presidente francês Emmanuel Macron ainda hoje mais tarde.
A presidência francesa confirmou que um pacto de segurança seria assinado na noite de sexta-feira (16), mas não forneceu quaisquer detalhes sobre o seu conteúdo, afirma o canal France 24.
Zelensky classificou os acordos como "uma nova arquitetura de segurança para a Ucrânia".
"Uma nova arquitetura de segurança para a Ucrânia, bem como novas oportunidades. Estamos fazendo todos os esforços para acabar com a guerra o mais rapidamente possível em termos ucranianos [...]", disse o líder.
O presidente ucraniano está na primeira etapa da sua última viagem para reforçar a busca por munições. Após se reunir com Macron na capital francesa, viajará de regresso à Alemanha para a Conferência de Segurança de Munique, onde realizará uma série de reuniões bilaterais com líderes globais.
A Ucrânia já está efetivamente tendo que racionar a sua artilharia, uma vez que os fornecimentos de munições de aliados são insuficientes e o seu maior aliado, os Estados Unidos, vive um impasse no Congresso para novo envio de ajuda militar para Kiev, analisa a mídia.
A Bloomberg informou no mês passado que Kiev disse aos seus aliados que estava enfrentando uma escassez crítica e estava sendo superada em armas pela Rússia na proporção de três para um.
A falta de capacidade de artilharia de Kiev pode se tornar tão crítica nos próximos dois a três meses que o país poderá ter de decidir onde concentrar um esforço mais restrito ao longo da frente de guerra, segundo pessoas familiarizadas com o assunto ouvidas pela agência norte-americana.