Panorama internacional

Hamas agradece Lula por falar em 'genocídio' provocado por Israel na Faixa de Gaza

Durante agenda em Adis Abeba, capital da Etiópia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que na Faixa de Gaza não acontece uma guerra, mas "um genocídio" provocado por Israel. Lula ainda comparou as mais de 28 mil mortes de palestinos ao Holocausto provocado por Adolf Hitler contra os judeus, durante a Segunda Guerra Mundial.
Sputnik
Após as declarações, o Hamas compartilhou um agradecimento ao presidente brasileiro em seu canal no Telegram. "Nós, do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), apreciamos a declaração do presidente brasileiro, que descreveu a situação que o povo palestino é submetido na Faixa de Gaza ao Holocausto, e que os sionistas [Israel] fazem hoje em Gaza é o mesmo que Hitler nazista fez aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial", defendeu.
Ainda conforme a publicação, o Hamas criticou o apoio do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, à continuidade do conflito em Gaza. Apesar de não apoiarem a expansão das operações militares para a região sul do enclave, o país propôs a entrega de um novo pacote de armas a Tel Aviv — desde o início do conflito, já foram enviadas cerca de 21 mil munições.
Por fim, o movimento palestino solicitou ao Tribunal Internacional de Justiça que as declarações de Lula sejam levada consideração diante das "violações e atrocidades que o povo palestino sofre nas mãos do Exército de ocupação criminoso e dos seus colonos terroristas, que nunca foram testemunhadas na história moderna", finalizou.
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Netanyahu criticou acusações de Lula

As declarações do presidente Lula também foram duramente criticadas pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na rede social X. "As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves. Isso torna trivial o Holocausto e prejudica o povo judeu e o direito de Israel de se defender. Comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler é cruzar a linha vermelha", afirmou.
Israel ainda anunciou a convocação do embaixador brasileiro em Tel Aviv. A informação foi confirmada pelo ministro das Relações Exteriores do país, Israel Katz, que explicou que a autoridade será realizada uma "chamada de reprimenda", que significa advertência ou censura forte.
"As palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves. Ninguém prejudicará o direito de Israel se defender. Ordenei ao pessoal do meu gabinete que convoque o embaixador brasileiro para uma chamada de reprimenda amanhã [segunda-feira, 19]", declarou o ministro.
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