"É claro que a munição clássica para armas é algo muito importante. O presidente [ucraniano] [Vladimir] Zelensky falou sobre isso. E temos de fazer mais e mais rápido nisso. E não é porque nos falta capacidade, o que nos falta é financiamento", disse Borell à margem da Conferência de Segurança de Munique.
O chefe da política externa da UE disse que os fabricantes de defesa precisavam de novas encomendas de produção, acrescentando que o futuro do conflito na Ucrânia dependeria de veículos aéreos não tripulados e de tecnologias de inteligência artificial.
Ao mesmo tempo, Borrell disse que a UE "hesitou muitas vezes" em fornecer novos tipos de armas a Kiev e que a situação no campo de batalha poderia ter evoluído de forma diferente se as ações do bloco fossem "mais decisivas".
Os países ocidentais têm fornecido ajuda militar e financeira a Kiev desde o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, em fevereiro de 2022. O Kremlin tem alertado consistentemente contra a continuação do fornecimento de armas a Kiev, dizendo que isso levaria a uma nova escalada do conflito.
Em abril de 2022, a Rússia enviou uma nota diplomática a todos os países da OTAN sobre a questão do fornecimento de armas à Ucrânia. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, alertou que qualquer carga contendo armas para a Ucrânia se tornará um alvo legítimo para ataques russos.