Em sua conta na plataforma X (antigo Twitter), ele chamou a visita de "uma nova provocação" do Reino Unido:
"A presença de David Cameron nas nossas ilhas Malvinas configura uma nova provocação britânica que procura minar os nossos legítimos direitos soberanos sobre os nossos territórios e sustentar o colonialismo no século XXI. Não vamos permitir isso", declarou.
O governador disse considerar o chanceler britânico representante colonial de um Estado que agride a integridade territorial da Argentina, "manchando a memória e o sacrifício eterno dos nossos heróis das Malvinas […]".
"Por essa razão, procedemos à declaração de Cameron como persona non grata em toda a extensão territorial da nossa província", completou ele.
Em janeiro, Cameron se reuniu com o presidente argentino, Javier Milei, e a soberania sobre o arquipélago foi um dos temas do encontro.
Esta é a primeira visita de um ministro das Relações Exteriores britânico às Malvinas em 30 anos. O último membro do governo do Reino Unido a visitar o território havia sido Michael Fallon, então secretário de Defesa, em 2016.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu um comunicado, também em janeiro, apoiando a decisão da Argentina de "reabrir" as discussões com Londres em torno das ilhas Malvinas.
A retomada do assunto e até mesmo a retomada das ilhas por Buenos Aires é uma promessa de campanha de Milei. Entretanto o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, ao felicitar Javier Milei pela vitória nas eleições em dezembro, destacou que a disputa entre os dois países pela soberania sobre as ilhas Malvinas "é uma questão resolvida".
A disputa pelo arquipélago, localizado a 400 km da costa argentina e a quase 13 mil km do Reino Unido, é alvo de tensões entre os dois países há quase dois séculos.