Snowden vive na Rússia desde que revelou o programa de espionagem digital em massa americano, em 2013.
"O mais escandaloso do 'julgamento' que o Reino Unido tem realizado por anos para condenar Julian Assange a morrer em uma masmorra americana é que a vítima de seu 'crime' (jornalismo) é um Estado, e não uma pessoa: a definição de crime político, que o tratado de extradição entre os Estados Unidos e o Reino Unido proíbe explicitamente", escreveu Snowden em suas redes sociais.
O ativista australiano é procurado pelas autoridades americanas por 18 acusações relacionadas à publicação pelo WikiLeaks de grandes volumes de arquivos militares e diplomáticos confidenciais dos EUA.
A audiência sobre a possível entrega de Assange aos EUA ocorre entre os dias 20 e 21 de fevereiro, no Tribunal Superior de Londres. Se extraditado, ele enfrentaria sentença de até 175 anos de prisão por expor crimes de guerra dos estadunidenses.
Inicialmente um tribunal rejeitou o pedido de extradição, argumentando que Assange poderia cometer suicídio ou ser vítima de tratamento desumano nos EUA.
No entanto Washington apelou com sucesso da decisão e ofereceu garantias a Londres de que os direitos do acusado seriam respeitados.