As medidas se seguem à primeira fuga da história do Sistema Penitenciário Federal (SPF) brasileiro, na última quarta-feira (14), na unidade de segurança máxima de Mossoró, de onde os detentos Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento escaparam e seguem foragidos.
Os nomes dos servidores afastados não foram confirmados, mas a nota da secretaria informa que os três continuam trabalhando como agentes federais de execução penal, embora sem possibilidade de assumir cargos de chefia durante a apuração.
Também nesta quarta-feira, a Senappen determinou que as diretorias das cinco penitenciárias federais em funcionamento no Brasil reforcem a vigilância nas unidades, com revistas diárias em celas, pátios e outros espaços, além do reforço de policiais penais e outras medidas estruturais como melhoria do sistema de videomonitoramento.
Além da penitenciária de Mossoró, existem outras quatro unidades prisionais federais no Brasil: em Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO).
Responsável por gerir as cinco penitenciárias federais do Brasil, o Ministério da Justiça e Segurança Pública tornou o ex-diretor da unidade de Catanduvas, no Paraná, Carlos Luis Vieira Pires interventor do presídio. As duas fugas foram a primeira prova de fogo do ministro Ricardo Lewandowski, que assumiu a pasta há menos de um mês.
Cerca de 600 agentes de segurança participam das buscas aos fugitivos, entre oficiais da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e de forças estaduais, além do alerta vermelho da Interpol. Também há três helicópteros e drones atuando na busca.
Penitenciária Federal de Mossoró
Inaugurada em julho de 2009, a Penitenciária Federal de Mossoró fica a 277 km da capital, Natal. A unidade é projetada para receber até 208 presos, e o local é uma reprodução do modelo de unidades de segurança máxima norte-americanas, conhecidas como "Supermax", conforme descrição do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).