Desde que deu sua opinião, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, vem recebendo críticas de opositores e do governo de Israel, mas também apoio de outros líderes mundiais e da política interna, como Gustavo Petro, presidente da Colômbia, José Mujica, ex-presidente do Uruguai, e o senador Omar Aziz (PSD-AM).
Em entrevista à Sputnik Brasil, no entanto, Ciro Gomes destacou o caráter do conflito em curso. Qualquer nação, uma vez agredida, tem o direito de se defender, disse. "Mas a legítima defesa exige moderação, e, evidentemente, o governo Netanyahu não está tendo moderação nenhuma."
"O que o governo Netanyahu está fazendo é uma sucessão de crimes de guerra, todos eles bem capitulados."
Ainda assim, Gomes vê na fala de Lula uma "imensa bobagem, completamente descabida", que "não guarda a menor coerência com a questão histórica".
Para Ciro, o governo israelense respondeu aos ataques de 7 de outubro do Hamas com uma "desproporção absoluta" e quebrou muitos códigos da Convenção de Genebra, como as proibições do "deslocamento em massa de multidões" e da "matança indiscriminada de civis, mulheres e crianças". O povo de Israel, afirmou Gomes, está em um momento de guerra e "precisa se livrar dessa figura trágica [Benjamin Netanyahu]".
"Toda a condenação ao regime fascista e corrupto do Netanyahu é cabível. Mas o que o Lula fez foi falar uma grande bobagem, que só ajudou o Netanyahu."