Os dois países vivem crescentes tensões e há preocupações sobre a possibilidade de um novo conflito na região.
As negociações de paz entre Yerevan e Baku, mediadas por Rússia, Estados Unidos e União Europeia desde 2022, parecem ter encontrado um impasse.
Ambos os lados têm trabalhado na redação de um tratado de paz, mas recentes eventos colocaram em xeque a viabilidade dessas negociações.
Pashinyan destacou a retórica agressiva do Azerbaijão, referindo-se à região armênia como "Azerbaijão Ocidental", o que aumentou as tensões entre os dois países.
Além disso, o primeiro-ministro armênio expressou preocupações com a possibilidade de um novo ataque por parte do Azerbaijão, citando um recente incidente como motivo de alarme.
"Se levarmos em conta as declarações do Azerbaijão, podemos concluir que um novo ataque contra a Armênia é muito provável. E o recente ataque do Azerbaijão, exigimos uma investigação, mas apesar disso o Azerbaijão está usando a situação para alimentar a sua retórica. Tudo isso nos faz pensar que o Azerbaijão está preparando um novo ataque contra a Armênia", declarou Pashinyan.
O dia 2 de abril de 2016 começou com a notícia de um drone abatido na região de Nagorno-Karabakh, no Cáucaso. O drone pertencia ao Exército do Azerbaijão e foi abatido por um militar da autoproclamada República de Nagorno-Karabakh.
Depois disso, várias fontes locais informaram sobre confrontos armados entre forças de Nagorno-Karabakh e Azerbaijão.
A região em questão é disputada pela Armênia e pelo Azerbaijão desde 1988, quando as autoridades locais decidiram se separar da então República Soviética do Azerbaijão.
No entanto, a liderança azeri insiste que Nagorno-Karabakh é parte do Azerbaijão e que o nome de república é uma invenção armênia. Moscou já afirmou estar preocupada com a nova fase do conflito.