"Quero dizer pra vocês que da mesma forma que o quando estava preso não aceitava nenhum acordo para sair da cadeia, porque eu não trocava a minha dignidade pela minha liberdade, eu quero dizer pra vocês agora que eu não troco a minha dignidade pela falsidade. Quero dizer pra vocês que sou favorável à criação do Estado Palestino, livre e independente, e posso ter o Estado Palestino convivendo com o Estado Israel", afirmou Lula sob aplausos do público, que contou com artistas, ministros e autoridades de Estado.
"Tem que interpretar a entrevista que eu dei, leia a entrevista em vez de ficar me julgando pelo que disse. O que está acontecendo em Israel é um genocídio, são milhares de crianças mortas, milhares desaparecidas, e não está morrendo um soldado, estão morrendo mulheres e crianças dentro do hospital. Se isso não é genocídio, eu não sei o que é genocídio, eu quero dizer pra vocês o que é", defendeu.
Conselho de Segurança da ONU 'não representa nada'
"O Conselho de Segurança da ONU hoje não representa nada, não toma decisão para nada e não faz mais nada. Teve uma proposta aprovada pelo ministro Mauro Vieira [em outubro do ano passado] que teve 12 votos favoráveis, duas abstenções e um voto contra dos Estados Unidos, que depois de votar contra, simplesmente vetou, porque tem o direito do veto. Ontem foi aprovada outra decisão que teve 13 votos a favor, um voto contra e uma abstenção, um voto contra dos Estados Unidos, que vetou a proposta. A lógica da ONU não é agir de forma democrática”, criticou.