A polícia chinesa está trabalhando com policiais no país insular de Kiribati, vizinha do Havaí no oceano Pacífico, contaram autoridades de Kiribati à Reuters em uma reportagem de sexta-feira (23).
Eeri Aritiera, comissário de polícia interino de Kiribati, disse à Reuters que a polícia chinesa na ilha trabalha com a polícia local. Em janeiro, a Embaixada da China anunciou o líder da "delegacia de polícia chinesa em Kiribati".
"A equipe da delegação policial chinesa trabalha com o Serviço de Polícia de Kiribati para auxiliar no programa de Policiamento Comunitário e Artes Marciais [Tai Chi] Kung Fu, e o departamento de TI auxilia nosso programa de banco de dados de crimes", disse ele em um e-mail.
Aritiera, que participou de uma reunião em dezembro entre Wang Xiaohong, ministro de Segurança Pública da China, e várias autoridades policiais das Ilhas do Pacífico em Pequim, disse que Kiribati havia solicitado assistência policial da China em 2022, e até 12 policiais chineses uniformizados chegaram em 2023 em um rodízio de seis meses.
"Eles só prestam o serviço que o Serviço de Polícia de Kiribati precisa ou solicita", explicou Aritiera.
Kiribati não anunciou publicamente o acordo de policiamento com a China, que acontece em meio às iniciativas de Pequim para expandir os laços com os países das ilhas do Pacífico, algo que também tem suscitado preocupação dos Estados Unidos.
Apesar de somente ter 115.000 habitantes, Kiribati é considerado um país estratégico por estar relativamente próximo do Havaí, um importante território dos EUA no oceano Pacífico, e por controlar uma das maiores zonas econômicas exclusivas do mundo, que cobre mais de 3,5 milhões de quilômetros quadrados.