A Alemanha já é o segundo maior fornecedor de ajuda militar para a Ucrânia, depois dos Estados Unidos, e os repasses aumentam ainda mais neste ano.
No entanto, Scholz tem relutado há meses contra o desejo da Ucrânia por mísseis Taurus, que têm um alcance de até 500 quilômetros e teoricamente poderiam ser usados contra alvos até o território russo.
"O que está sendo feito em termos de controle de alvos e controle de alvos acompanhantes por parte dos britânicos e franceses não pode ser feito na Alemanha. Todos que lidaram com esse sistema sabem disso."
Ele não afirmou especificamente que os projéteis não serão entregues, mas explicou sua hesitação. A posição incomodou tanto a oposição conservadora da Alemanha quanto alguns em sua própria coalizão tripartite, conforme publicou a agência de notícias AP. Além disso, ele reforçou a falta de equipamentos militares por parte de Kiev.
"O que a Ucrânia está perdendo é munição em todas as distâncias possíveis", reconheceu o líder alemão.
O chanceler há muito tempo enfatiza sua determinação em ajudar a Ucrânia sem escalar o conflito e atrair os alemães e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para ele. Anteriormente, afirmou que nenhum soldado alemão iria para o território ucraniano.
Na semana passada, os legisladores alemães pediram ao governo para entregar mais armas de longo alcance à Ucrânia, mas rejeitaram um apelo da oposição que instava explicitamente o envio dos mísseis.