A Guarda Costeira dos EUA e a polícia de Kiribati abordaram dois barcos de pesca da China durante uma patrulha contra a pesca ilegal na Zona Econômica Exclusiva do país insular neste mês, disse uma funcionária da Guarda Costeira americana, citada na segunda-feira (26) pela agência britânica Reuters.
"As duas embarcações de pesca com bandeira da República Popular da China (RPC) foram abordadas como parte de atividades rotineiras de aplicação da lei marítima para garantir a conformidade com os regulamentos dentro da Zona Econômica Exclusiva de Kiribati", disse uma porta-voz da Guarda Costeira de Guam em um comentário enviado por e-mail.
No entanto, não foi relatada nenhuma preocupação durante as abordagens, disse ela.
Policiais de Kiribati estiveram em patrulha com a Guarda Costeira dos EUA entre 11 e 16 de fevereiro a bordo dos mesmos navios pela primeira vez em quase uma década, continuou ela.
"Tanto os oficiais da Unidade Marítima da Polícia de Kiribati quanto os oficiais da Guarda Costeira dos EUA estiveram envolvidos nas operações de abordagem. Essa colaboração ressalta a parceria entre as duas nações na defesa da lei marítima e da boa governança", acrescentou.
A Reuters também relatou na sexta-feira (23) que a polícia chinesa está trabalhando no país do oceano Pacífico, com policiais uniformizados participando do policiamento comunitário e em um programa de banco de dados de crimes.
Kiribati, tal como muitos outros países da região, tem estado no centro da luta pela influência entre a China e os EUA. Kiribati está relativamente próxima do Havaí, o estado norte-americano mais ocidental, e controla uma Zona Econômica Exclusiva de 3,5 milhões de quilômetros quadrados. Washington sinalizou planos de construir uma embaixada em Kiribati para competir com Pequim, mas ainda não o fez.
A China construiu uma grande embaixada na ilha principal de Kiribati, Tarawa, depois que o governo passou a reconhecer Pequim em vez de Taipé em 2019. Kiribati também tem uma estação japonesa de rastreamento de satélites.