No entanto, alguns líderes europeus já se pronunciaram e disseram que não enviariam seu contingente militar para o país do Leste Europeu. O chanceler alemão Olaf Scholz voltou a descartar nesta terça-feira (27) a hipótese.
"Mais uma vez, em um debate muito bom, discutiu-se que o que foi acordado desde o início entre nós e uns com os outros também se aplica ao futuro, especialmente que não haverá tropas terrestres nem soldados em solo ucraniano enviados para lá por forças europeias, países ou Estados da OTAN", disse Scholz à margem de um evento, segundo a Reuters.
A Polônia e a República Tcheca também declinaram hoje a ideia. Questionados sobre os comentários de Macron, o primeiro-ministro tcheco Petr Fiala e o seu homólogo polonês Donald Tusk disseram que o envio de soldados não seria uma opção.
"Estou convencido de que devemos desenvolver os caminhos de apoio que acertamos […] acredito que não precisamos abrir outros métodos ou caminhos", disse Fiala em uma conferência de imprensa ao lado de Tusk, em Praga.
"A Polônia não planeja enviar as suas tropas para o território da Ucrânia", acrescentou Tusk, segundo a mídia.
Ainda de acordo com a agência britânica, a Espanha e os Estados Unidos também se posicionaram contra o envio de pessoal.
Madri declarou ainda que quer limitar a ajuda ao envio de mais armas e outros materiais para Kiev, afirmou a porta-voz do governo, Pilar Alegría.
O Reino Unido disse não ter planos, no entanto, um porta-voz do primeiro-ministro Rishi Sunak disse hoje (27) que Londres tem "um pequeno número de pessoal naquele país ajudando a apoiar as forças de Kiev".
A Hungria, através de seu ministro das Relações Exteriores húngaro, Peter Szijjarto, afirmou que Budapeste não estava disposta a enviar armas ou tropas para território ucraniano e que esta posição era "sólida como uma rocha".
O Kremlin reagiu à sugestão de Macron e disse hoje (27), através do porta-voz da Presidência Dmitry Peskov, que "só o fato de discutir a possibilidade de enviar certos contingentes de países da OTAN para a Ucrânia é um novo elemento muito importante".
Peskov complementou sua observação afirmando que, caso tropas sejam enviadas, "teremos que falar não sobre a probabilidade, mas sobre a inevitabilidade de um confronto direto entre a Rússia e a OTAN".