A investigação aponta para pagamentos discrepantes realizados a uma Organização Social de Saúde (OSS), contratada pela prefeitura em fevereiro de 2020. Ao todo, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão nos municípios de Maricá, Niterói e Rio de Janeiro.
Até o momento foram confirmados pela PF a apreensão de quatro veículos de luxo, R$ 50 mil em espécie, celulares, notebooks e documentos.
De acordo com a PF, a investigação foi iniciada a partir do Relatório de Auditoria de Conformidade do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), realizado na Secretaria Municipal de Saúde de Maricá, no ano de 2022, que trouxe indícios de crimes na execução de contrato de gestão, vigente entre fevereiro de 2020 e fevereiro de 2024, firmado com a OSS investigada.
A auditoria realizada mostrou que, somando os aditivos inclusos, o contrato ultrapassa o valor de R$ 600 milhões, que corresponde ao aumento de aproximadamente 151% do valor inicialmente celebrado, cerca de R$ 240 milhões. Diante dos fatos apurados, a PF afirma que o rombo é de pelo menos R$ 71 milhões.
A PF busca obter provas para evidenciar a ausência de transparência durante a execução do contrato de gestão e a comprovada falha dos mecanismos de controle sobre a atividade pública.
Os investigados, conforme a PF, poderão responder por organização criminosa, peculato, desvio e lavagem de dinheiro, sem prejuízo de eventuais outros crimes que possam surgir no decorrer da investigação.